Ser flexível no trabalho é uma tendência que segue em expansão especialmente do início da pandemia pra cá. Ao longo desses anos em que foram testados diversos modelos – do anywhere office ao híbrido até o hot desking –, diversas pesquisas mostraram que a preferência pela não obrigação de uma atuação 100% no escritório conquistou os trabalhadores.
E, agora, para empresas que se questionam se chegou o momento de um back to work definitivo, novos levantamentos mostram que o favoritismo da força trabalhadora segue na flexibilidade. Para quem deseja destacar sua marca empregadora, portanto, o caminho promete ser esse.

O próprio Índice de Confiança da consultoria Robert Half®, que levanta frequentemente as perspectivas de recrutadores e profissionais sobre o mercado, em sua 22ª edição mostrou que 71% dos recrutadores de empresas e 71% dos colaboradores avaliam que a flexibilidade é determinante para a atração e retenção de talentos.
Para completar, entre aqueles que estão em busca de novas oportunidades, 23% aceitariam apenas em último caso uma proposta de emprego que não oferecesse a possibilidade de trabalhar de forma parcialmente remota.
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Ser flexível no trabalho é apostar em employer branding
Foram mais de mil profissionais entrevistados pelo levantamento, que mostrou ainda que a preferência de 69% é pelo trabalho híbrido, sendo que 34% desejam flexibilidade até para decidir quando ir para o escritório.
Tudo isso mostra que ser flexível no trabalho tem se revelado uma ferramenta eficaz inclusive para reduzir o turnover. Afinal, quando a empresa dá liberdade para cada colaborador atuar de acordo com a sua rotina produtiva, o resultado é mais satisfação e uma melhor performance.
Oferecer autonomia significa ter confiança no colaborador, o que elimina cobranças e desenvolve senso de responsabilidade. Especialmente para quem já atuou em empresas com esse perfil ou mesmo de maneira autônoma, se enquadrar nesse modelo é uma alternativa bem-vinda no novo mercado e demonstra a força de uma cultura organizacional bem planejada.
Gastar menos horas de deslocamento, conciliar melhor a vida profissional e pessoal e ganhar tempo para atividades fora do expediente são algumas das principais vantagens da atuação remota, ao passo que alinhar estratégias a partir de trocas com os colegas pode funcionar melhor presencialmente.
Mesclar esses benefícios em um modelo híbrido tem se mostrado uma alternativa interessante. E mais do que flexibilizar o espaço, é possível deixar menos rígido outros aspectos do trabalho como carga horária e certos processos da rotina, como mostramos neste artigo.
Para quem aposta na descentralização do escritório, acompanhar os dias presenciais e a distância não tem segredo com o uso de sistemas inteligentes de reservas de salas e espaços. De forma online, é fácil para o colaborador fazer suas reservas e para os gestores acompanharem tudo em tempo real.
Seja qual for a escolha, fato é que ser flexível no trabalho deve ser algo pensado a favor do funcionário. Os profissionais acompanham as tendências do mercado e as práticas das empresas, e aquela que demonstra real preocupação com a sua qualidade de vida sai ganhando – até porque com os melhores talentos vem os melhores resultados.